Entrevista com Ricardo Guilherme

Entrevista com Ricardo Guilherme


Gente,hoje trago pra você, uma entrevista super bacana que fiz com escritor amigo, o Ricardo Guilherme.


Primeiramente muito obrigado por aceitar fazer a entrevista:
Eu é que lhe agradeço muito por toda a atenção!

Quem é Ricardo Guilherme?
Ricardo Guilherme é bacharel em Direito e funcionário público federal. É apaixonado por música (principalmente música popular brasileira e rock clássico) e literatura. Na literatura, prefere livros de aventura, fantasia e ficção científica. Também gosta muito de futebol e cinema.

Você sempre quis ser um escritor?
Sim, sempre amei escrever. Lembro-me que, nos meus primeiros anos de estudo, adorava quando a professora nos pedia para criar pequenos textos (e detestava quando o assunto era matemática... rss). Quando li os primeiros contos e crônicas dos livros escolares, imaginei que um dia poderia fazer aquilo também. E quando li meu primeiro romance, tive certeza absoluta dessa paixão pela escrita. Aí comecei a sonhar em um dia publicar meus próprios textos, mesmo que não me tornasse um escritor profissional.

Desde quando você escreve?
Eu tinha cerca de 13 anos quando comecei a rascunhar letras para músicas e alguns poemas. Com 15-16 anos, escrevi meu primeiro romance (chamava-se Em Busca da Felicidade), mas os originais acabaram se perdendo com o tempo. Por muitos anos, acabei me dedicando quase que totalmente somente ao estudo e ao trabalho, mas acho que quando realmente amamos fazer algo, um dia inevitavelmente acabamos sentindo necessidade de voltar a fazer aquilo. Em determinado momento, eu senti que este livro estava dentro de mim e que eu precisava escrevê-lo. Aí encontrei tempo para colocá-lo no papel e fiquei muito feliz por isso. Eu havia me esquecido da experiência incrível que é dar vida a personagens. Sem exageros, você acaba se sentindo meio pai deles. Emociona ver o livro pronto. Foi muito bom voltar a escrever.

Quanto tempo leva em média para escrever um livro?
Hummm... isso depende muito, principalmente do tamanho do livro e do tempo que você tem para se dedicar à obra. Depois que comecei a escrever O Espaço Inexplorado, a inspiração veio muito rápido. Acontece que, para o livro ficar bem escrito, você acaba gastando um tempo considerável em revisões. É incrível, mas, a cada vez que você relê o livro, percebe que a redação pode ser melhorada. Sempre há o que aperfeiçoar, mesmo no caso de livros que são revisados por dois revisores profissionais. Escrever é uma arte na qual acho que nunca se atinge a perfeição. O Espaço Inexplorado, com seus três livros inclusos, tem cerca de 85.000 palavras e durou em média um ano para ficar pronto, depois de todas as revisões que fiz. Mas um livro pode ficar pronto bem antes disso, se você tiver bastante tempo disponível para escrever e alguém para te ajudar nas revisões.

De onde veio à inspiração para “O espaço Inexplorado"?

Veio de um poema de Carlos Drummond de Andrade chamado O Homem; as Viagens. É um poema que fala da busca incessante do homem por colonizar outros planetas. Drummond coloca isso no seu texto, a meu ver, como uma vaidade e uma sede de conhecimento que faz com que o ser humano seja incapaz de perceber que a mais importante das viagens não é através das estrelas, mas sim rumo ao interior do próprio ser humano, para que ele possa se conhecer melhor e aprender a conviver com seus semelhantes de forma harmoniosa.
Você tem outra ocupação além de escrever?
Sim. Sou funcionário público federal. Escrever é apenas um hobby para mim, mas um hobby que eu amo. Aliás, já não consigo mais me imaginar sem estar escrevendo algo nos finais de semana...

Está escrevendo algo, no momento ou tem planos para o futuro?
Sim, estou trabalhando em três projetos literários ao mesmo tempo, mas todos ainda estão no início. Um deles é contando a história de uma espécie retratada no livro O Espaço Inexplorado (os chamados Talmans ). Em breve, vou escolher um desses três projetos para desenvolver antes dos demais.

O que devemos esperar de seus livros? Você classificaria alguma idade apropriada para a idade dos leitores deles?
A ideia é transmitir sempre mensagens de paz e união, porém num ambiente de aventuras, para não ficar monótono. Falar de respeito, de amizade, de amor... Enfim, dos bons sentimentos. De certa forma, pretendo também que os personagens ajudem os leitores a acreditarem mais em si mesmos, em suas potencialidades. Por esta razão, espero que meus livros possam agradar a todas as faixas etárias.

Você encontrou alguma dificuldade para publicar seus livros?

Sim, é muito difícil encontrar uma editora que invista em seu livro. Você precisa enviar seus originais para várias delas e esperar longos meses para receber uma resposta. Eu sou muito ansioso e não tive paciência para isso. Por essa razão, fiz uma autopublicação, ou seja, eu mesmo paguei pela impressão de alguns exemplares, na esperança de que no futuro alguma editora invista no projeto. Existem muitos autores brasileiros bons, muitos livros bacanas, mas o mercado editorial aqui no Brasil ainda é muito pequeno. Creio que as editoras nacionais têm medo de investir num autor brasileiro desconhecido, pois existe a possibilidade de terem prejuízo. Assim, acabam optando por investir mais em livros que já foram sucessos no exterior, pois o investimento é mais garantido. Não as culpo por isso. Afinal, se vamos a uma livraria e, de um lado da prateleira encontramos "best sellers" de autores reconhecidos internacionalmente e, de outro, o primeiro ou segundo livro de um autor nacional que quase ninguém conhece, qual livro nos sentiríamos mais seguros para comprar? Um "best seller", não é verdade? É como as coisas são. Por isso, o autor brasileiro, além de muito bom, precisa ser muito persistente. São exatamente essas duas características (o talento e a persistência) que lhe trarão o reconhecimento no futuro.

 Ao terminar de ler o seu livro " O Espaço Inexplorado", eu percebi, ou acho que percebi, que você tentou deixar uma mensagem aos leitores, para que cuidássemos mais do nosso mundo, enquanto ainda temos tantas coisas boas nele. Estou certa nesse ponto? Ou foi outra coisa que você quis passar?
Sim, Camila, eu tentei passar essa mensagem. Quis mostrar que tudo à nossa volta está vivo e sofre quando maltratado. Procurei colocar nosso planeta como um ser que se abala com nossa ganância, nossos exageros e com o pouco caso que fazemos dele. Tentei deixar subentendido que o mau comportamento do ser humano trará grandes prejuízos para as próximas gerações.
Tentei passar outras mensagens também. Por exemplo, procurei mostrar que a experiência das pessoas idosas precisa ser mais respeitada, pois nós temos muito a aprender com a sabedoria que elas acumularam em décadas de vida.
Procurei também falar de união, de solidariedade.
Por fim, tentei retransmitir a mensagem que extraí do poema ?O Homem; as Viagens?, ou seja: a importância de conhecermos a si próprios e de descobrirmos a alegria que é conviver harmoniosamente com nossos semelhantes. Este é um aprendizado muito importante, que acredito que o homem ainda esteja distante de alcançar. Vai viajar muito pelas estrelas antes disso...

Uma coisa muito legal, que percebi, foi em que seus personagens, cada um tinha uma característica emocional, mas diferente que o outro, uns eram, mas desconfiados, outros mais pacíficos e outros bem alegres como a Nazareth, você teve alguma inspiração para eles?
Eu observo muito as pessoas ao meu redor; não apenas as que convivem comigo, mas também personagens de filmes, livros, etc. Vejo que algumas pessoas são mais emotivas, outras mais racionais; algumas religiosas, outras sem nenhum credo religioso; algumas muito românticas, outras nem tanto. Não me baseei em ninguém em especial, mas tentei fazer com que cada personagem representasse determinado grupo de pessoas. Tentei retratar a diversidade de temperamentos, de modos de ver a vida. Quis mostrar também que, mesmo havendo tantas diferenças entre as pessoas, todas podem conviver e conquistar muitas coisas legais juntas.

Alguma dica para quem também quer ser escritor?
Persistência, como disse no item 9. Neste caso, a persistência deve vir desde as primeiras linhas do seu romance. Você tem que ter paciência para ler e reler várias vezes, revisar e alterar quantas vezes achar necessário, até sentir que está realmente bom. Parece exaustivo, mas após algum treino você percebe que começa a fazer isso com naturalidade. O que estava sendo um trabalhão acaba se tornando um prazer. Escreva o que te dá alegria, o que te emociona. Torça para que as outras pessoas também gostem, mas, antes de tudo, escreva coisas que VOCÊ gostaria de ver num livro. Dessa forma, escrever será uma atividade que vai te deixar muito feliz (o que é o mais importante, não é verdade?).

Um lugar:
Minha casa (como todo bom canceriano)
Um autor:
Julio Verne
Um filme:
Feitiço do Tempo (com Bill Murray e Andie McDowell)
Um livro:
Vamos Aquecer o Sol, de José Mauro Vasconcelos
Uma música:
A Lista, de Oswaldo Montenegro
Uma frase:
Só o amor constrói
Uma pessoa:
Jesus Cristo, "o cara".

Então gente, o que acharam da entrevista?! Eu adorei, espero que vocês também.
Em breve terá um sorteio do livro dele “ O espaço Inexplorado”, se você quiser saber um pouco mais sobre o livro clique AQUI e leia a resenha.
Para saber mais do autor:

Site do autor => AQUI
Pagina do autor no skoob=> AQUI
Livro do autor no Skoob => AQUI


Beijos

Camila Soares

8 comentários:

  1. Gosto bastante de entrevistas... Principalmente agora que comecei a escrever, esse contato com os autores é muito importante!

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  2. Ahh eu também adorooo entrevistas*-*
    Nossa você ta escrevendo Marconhow?! que legal *-*

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  3. Adorei a entrevista. O livro dele parece ser muito bom!

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  4. Moh legal a entrevista, adorei a capa do livro *oo* Parece muito bom, essas coisas no futuro são ótimas *O*

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  5. Igor, quanto tempo :)
    desapareceu do skoob, foi ?! :)

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  6. Muito legal a entrevista. Parabens.

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  7. Meu blog fará aniversario de um ano mês que vem, por isso estou realizando uma mega promoção com 5 livros, e gostaria de ter a sua participação e divulgação! Te espero lá ;*

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  8. Muito legal a entrevista. Ele é super simpático *-*

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